Principal > Notícias > FenaSaúde divulga vídeo explicativo sobre reajuste nos planos de saúde; confira
A FenaSaúde, que representa os interesses das operadoras de planos de saúde, está divulgando um vídeo em seu canal no Youtube em que esclarece como os reajustes são aplicados. De acordo com a entidade, os planos de saúde estão caros para a renda média dos brasileiros, e o reajuste de 10% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde individuais é elevado para os beneficiários.
“Nós, representantes das operadoras, reconhecemos as dificuldades dos brasileiros para contratar e manter planos de saúde. A questão é: O que pode ser feito?
O setor propicia, como opção ao SUS, um atendimento de qualidade para 47 milhões de brasileiros que contratam planos médico-hospitalares. O ponto central do debate é que os planos de saúde, para poderem cumprir suas finalidades, precisam garantir sua sustentabilidade.
Sem equilíbrio entre o dinheiro que entra e o dinheiro que sai, os planos de saúde não se sustentam e isso já está ocorrendo. Em 2000 havia quase 1.500 empresas no setor; hoje, pouco mais de 700.
No Brasil, cabe à ANS definir o reajuste dos planos individuais. Os planos coletivos (por adesão e empresariais) têm valor fixado pelas operadoras, porém mediante fiscalização da ANS.
Este ano, a Agência fixou o índice em 10% o percentual de aumento para os planos individuais, e logo após o anúncio, começaram as manifestações de inconformismo de alguns órgãos de defesa do consumidor. A pergunta é: por que 10% de aumento, se a inflação está em 3%? Temos a explicação:
Segundo um estudo da FenaSaúde, de 2008 a 2017 a despesa assistencial por beneficiário cresceu 169,3%, enquanto o reajuste da ANS alcançou 104,2% e o IPCA, 65,2%. O aumento dos planos individuais foi muito maior que a inflação, e, mesmo assim, não acompanhou o crescimento dos gastos.
O índice de inflação acaba não sendo um bom parâmetro, pois levam em conta apenas a variação média dos preços, quando para a Saúde Suplementar, a frequência de uso e o preço de serviços e materiais são pontos fundamentais para o cálculo de custos.
A frequência de uso vem crescendo mesmo com a saída de consumidores nos últimos anos. O setor perdeu quase 400 mil beneficiários só em 2017, enquanto contabilizou 1,3 bilhão de procedimentos no ano passado – alta de 3,2% em relação a 2016.
A FenaSaúde se preocupa com a capacidade da população de pagar os planos. Para que o reajuste não fique tão acima dessa capacidade, a entidade propõe liderar uma cruzada contra a alta de custos do setor, com medidas objetivas:
Essas, entre outras ações, ajudam a evitar desperdícios, sem perder a qualidade da assistência prestada ao usuário.
Tais providências, porém, só terão efetividade se envolverem todos os elos da cadeia da saúde. É preciso invocar a responsabilidade de outros setores que, até o momento, não têm contribuído tanto quanto poderiam. O governo, as universidades, as associações médicas, os hospitais, os laboratórios, os fornecedores e empregadores, de que forma eles têm contribuído para aprimorar o setor de saúde suplementar no Brasil?
Sem essas respostas, não avançaremos no diálogo e nas soluções. Estaremos condenados a ouvir críticas e repetir argumentos, ano após ano, sem solucionar os problemas dos usuários no pagamento dos planos e sem melhorar a sustentabilidade das operadoras de saúde. Temos de ser eficientes na busca por soluções, e isso, só conseguiremos com o envolvimento de todos aqueles que estão inseridos na cadeia da saúde suplementar no Brasil.”
Confira o vídeo: