Principal > Blog > Conheça os inimigos invisíveis do coração
Talvez você já saiba que hipertensão, colesterol alto e sedentarismo são fatores de risco para doenças cardiovasculares. O que muitos ainda não sabem é que tristeza, raiva, ansiedade, depressão, solidão e síndrome do pânico também o são. Portanto, a saúde mental também coloca em risco o funcionamento desse órgão tão importante.
Estudos nacionais e internacionais comprovam que os problemas mentais estão cada vez mais associados aos problemas do coração. O estresse também entra nessa lista. Ele pode ser identificado quando há sensações de medo, desconforto, preocupação, irritação, frustração, indignação ou nervosismo. Como consequência, as pessoas podem apresentar ritmo cardíaco acelerado, arritmia, tremores, tontura, suor excessivo e respiração acelerada.
O estado de tensão altera o funcionamento do organismo. A liberação de níveis elevados de hormônios, como adrenalina e cortisol, provoca instabilidade, elevando a pressão sanguínea (hipertensão) e os batimentos cardíacos. A consequência pode ser um infarto ou acidente vascular cerebral (AVC). Medicamentos e alguns alimentos, como cafeína, drogas, álcool e tabaco, podem provocar ou agravar as manifestações.
Quando as sensações de estresse ocorrem com frequência, a pessoa pode desenvolver distúrbio de ansiedade. Estudos mostram que quem tem transtorno de ansiedade generalizada (TAG) apresenta um risco 30% maior para doença cardiovascular. Quem tem insônia e dorme por volta de seis horas por noite corre 30% mais risco de desenvolver hipertensão se comparadas com pessoas que têm sono normal. Já quem tem insônia e dorme menos de cinco horas, o risco salta para 520%.
A boa notícia é que o tratamento contra estresse, depressão, ansiedade e síndrome do pânico podem reduzir os ricos de problemas cardiovasculares. Se doenças e problemas psíquicos afetam negativamente o coração, sentimentos de amor, felicidade e sensação de bem-estar agem a favor dele. Veja abaixo algumas dicas para manter a mente e o coração saudáveis e cultivar momentos de bem-estar no dia a dia.
Ter fortes vínculos de amizade e uma vida social ativa reduz os riscos de depressão, pressão alta e estresse. Também são os amigos que colaboram para o aumento da confiança e autoestima. Eles ajudam ainda a enfrentar traumas, como divórcio, doenças graves ou o luto e incentivam a ter boas práticas de qualidade de vida.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descreveram em um estudo que o exercício aeróbico faz uma “limpeza” nas células cardíacas. Além disso, a atividade física proporciona sensação de bem-estar, minimiza os riscos de diabetes e hipertensão arterial, melhora a qualidade do sono, ajuda a controlar a ansiedade, a depressão e o estresse e melhora a disposição. Praticar 30 minutos de atividade por dia, cinco vezes por semana, já faz uma grande diferença.
Ir ao cinema, ler um livro, fazer cursos ou viagens. Seja qual for a atividade preferida, saiba que ela ajuda a aliviar a tensão, reduzindo o estresse e a ansiedade. Portanto, ao escolher a atividade que mais dá prazer, você estará ajudando também o seu coração.
Ter uma boa noite de sono ajuda a ter uma mente mais sadia. Se possível, durma sempre no mesmo horário e usufrua da mesma quantidade de horas diariamente. Evite o cochilo durante o dia, assim como o consumo de álcool e cafeína e refeições pesadas à noite. Tenha um quarto confortável e crie um ritual relaxante para dormir, como tomar um banho quente, ler ou ouvir uma música suave.
A meditação proporciona inúmeros benefícios para a saúde mental. A prática melhora o bem-estar geral, diminui os sintomas da ansiedade e depressão, estimula o sistema imunológico, gera sensação de calma, reduz os sentimentos de estresse e fortalece conexões positivas no cérebro.
Com informações da Unimed do Brasil