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24 de setembro de 2014

Unimed Norte/Nordeste promove palestra sobre prevenção de colo do útero para colaboradoras

 

Unimed Norte/Nordeste promove palestra sobre prevenção de colo do útero para colaboradoras

A médica mastologista Vanúzia Keila Miranda, participou nesta quarta-feira, 24, de mais um ciclo de atividades do projeto “Saúde da Mulher: prevenção do câncer do colo do útero”, que a Unimed Norte/Nordeste está promovendo com as suas colaboradoras. A iniciativa integra um conjunto de ações desenvolvidas pela cooperativa de trabalho médico, dentro de um amplo programa de atenção à saúde e promoção de hábitos saudáveis.

Na palestra que reuniu colaboradoras das unidades Institucional, Tecnologia e Intercâmbio, a mastologista Vanúzia Keila Miranda disse que o câncer de colo do útero é o terceiro tipo que mais mata no Brasil. Lembrou que é uma doença que pode ser prevenida, estando diretamente vinculada ao grau de subdesenvolvimento do país.

A especialista alertou para alguns fatores de risco, como má higiene, uso prolongado de contraceptivos orais, atividade sexual antes dos 18 anos, gravidez precoce (antes dos 18 anos), infecção por vírus Papilomavírus Humano (HPV) 
e o Herpesvírus Tipo II (HSV), além do próprio fumo. “O vírus do papiloma humano (HPV) está presente em 94% dos casos de câncer do colo do útero. 
Todas as mulheres, com vida sexual ativa, devem se submeter ao exame preventivo periódico, inclusive as grávidas e histerectomizadas. 
A princípio o exame deve ser feito a cada ano, seguindo posteriormente orientação médica conforme achados”, acrescentou.

Vanúzia Keila Miranda explicou que o exame preventivo do câncer do colo do útero – conhecido popularmente como o exame de Papanicolaou – é indolor, barato e eficaz. “Ele consiste na coleta de material para exame de três locais: da parte externa do colo (ectocérvice), da parte interna do colo (endocérvice) e do fundo do saco posterior da vagina. Para grávidas se evita a coleta da endocérvice, para não estimular contrações uterinas”. “A fim de garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações sexuais, não usar duchas, medicamentos vaginais ou anticoncepcionais locais nos três dias anteriores ao exame. O exame não é realizado durante o período menstrual, exceto se for um período menstrual prolongado, além do habitual. A colposcopia permite examinar com mais detalhes o colo uterino, devendo ser realizada a cada 3 a 5 anos, dependendo dos achados e indicação médica”, detalhou.

Vanúzia ainda chamou atenção para os sintomas e a alertou quanto à necessidade da procura de um profissional especializado, assim que descoberto alguma coisa suspeita.

Para a enfermeira Veronilde Oliveira, do Núcleo de Atenção à Saúde da Unimed Norte/Nordeste, a realização de mais um ciclo de atividades do projeto “Saúde da Mulher” foi bastante exitosa, com a participação maciça de todas as colaboradoras da cooperativa. “Estamos programando diversas ações para o mês de outubro, que é o mês da mulher. Além de uma caminhada com a presença de todos os colaboradores”, destacou.

Tire suas dúvidas:

Quais são os sintomas do câncer do colo do útero?
Não apresenta sintomas até atingir nível mais avançado, a partir daí existe corrimento avermelhado com consistência aquosa e sangramento durante relação sexual.

Qual é a relação entre HPV e câncer do colo do útero?
O HPV é o responsável pelo câncer do colo do útero, podemos dizer que praticamente 100% dos cânceres do colo do útero contêm HPV .

Então se tenho HPV necessariamente irei desenvolver câncer do colo do útero?
Isto não é verdade, a maioria da população sexualmente ativa (cerca de 75%) entra em contato com o HPV e elimina espontaneamente o vírus do organismo sem mesmo desenvolver qualquer doença. Outros terão uma infecção transitória com duração média de 12 a 18 meses e menos de 1% corre o risco de ter câncer do colo do útero. Além do HPV, são necessários outros co-fatores para, por exemplo, predisposição genética, fumo, alimentação inadequada e estresse. A infecção pelo HPV não se transforma em câncer do colo do útero de um dia para outro, por isso não existe motivo para desespero e angústia. Quando o HPV causa lesão no colo do útero, esta lesão passa por três etapas antes de se transformar em câncer. Os médicos costumam chamar estas etapas de neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) grau 1, 2 e 3. O tratamento nestas etapas cura completamente a doença e impede a progressão para câncer, além de não interferir na capacidade de ter filhos da mulher.

Quais são os sintomas da infecção pelo HPV ou da NIC (neoplasia intra-epitelial cervical)?
A infecção pelo HPV ou NIC geralmente não apresenta sintomas, algumas pessoas desenvolvem verrugas genitais e outras lesões na vulva, vagina, colo do útero e ânus que se não tratadas podem evoluir para câncer do colo do útero. Estas lesões são diagnosticadas pelo Papanicolaou e através de exames chamados colposcopia, vulvoscopia e anuscopia.

Se as verrugas genitais não forem tratadas, podem evoluir para câncer do colo do útero?
O papilomavírus humano (HPV) pertence a uma ampla família de vírus e mais de 45 tipos diferentes podem infectar a pele dos órgãos genitais. Quase todos os tipos foram muito bem estudados e hoje se sabe que o grupo de HPV que causa lesão pré-cancerígena ou cancerígena (chamado grupo de alto risco oncogênico) não é o mesmo que geralmente causa as verrugas genitais (chamado de grupo de baixo risco oncogênico). Em 90-95% dos casos, as verrugas genitais são causadas por HPV do grupo de baixo risco. Entretanto, não se deve postergar o tratamento das verrugas genitais, não apenas pelo aspecto estético desagradável , mas também pelo risco de crescimento em extensão e tamanho das lesões e alta contagiosidade (transmissão para parceiros).

Como posso prevenir o câncer do colo do útero?
Realizando Papanicolaou e colposcopia regularmente. O Papanicolaou detecta a presença de lesões em até 80% das vezes que ela está presente. Se houver associação do Papanicolaou com a colposcopia a detecção da lesão ocorrerá em praticamente 100% das vezes.